terça-feira, 19 de junho de 2012

Respostas. Até parece...

 


  Vim escrever um pouquinho hoje, só porque sinto que estou inspirado e que pode sair alguma coisa. Só não sei o que... Vamor ver.
  Essa semana foi muito boa (Isso eu sabia que ia escrever). Essas duvidas que relatei semana passada me fizeram dar um passo atrás e me afastar um pouco, mas incrivelmente, me sinto muito bem. Sobre as minhas atitudes pela sociedade, acho que não dá pra ficar pensando, como boa parte de nós fazemos, que podemos mudar o mundo. Podemos mudar o nosso mundo, o individual. Não estou sendo negativo, nem preguiçoso. O que quero dizer com isso é que a mudança é individual, cada um faz a mudança em si mesmo e isso é muito significativo pro mundo, acho que mais até do que imagino (o que é meio contraditório, mas enfim...). O que não quer dizer que devemos cada um viver sua vida e dane-se os outros. Não! Claro que temos o papel de buscar levar qualquer pedaço de despertar que tivermos aos outros, mas no fim, são as proprias pessoas que decidem se querem esse despertar pra si mesmas. Porque se não, a gente se frustra muito com a não mudança dos outros, o que pode levar à várias coisas, como culpa, raiva...
  Uma coisa que andei pensando essa semana é que parece que é da essencia do ser humano essa coisa de querer compartilhar com os outros as coisas boas que encontramos. Num vídeo da Arte de Viver, uma menina fala, "Quando a gente acha uma coisa boa, a gente quer compartilhar". Isso é verdade. As vezes até exageramos nisso, e daí nascem os conflitos, as imposições e as lutas.Talvez seja esse o ponto, e é a percepção que tive um pouco essa semana. Vendo algumas pessoas transmitindo com tanto estusiasmo, que chega até parecer imposição de ideia, percebi que vinha fazendo isso bastante. Meu dever é levar consciencia(aquela que eu tiver, claro) para outras pessoas, mas ter a tranquilidade pra que, se elas não quiserem naquele momento, aceitar isso e seguir em frente sem que isso me abale.
  Olha só, não é que saiu coisa boa mesmo. Ou não, hehehe.
  Pra terminar, acabei de ver, logo ao terminar o texto, esse conhecimento de Guruji:


"Seja o que for que você faça, alguém irá criticar você. Você será responsabilizado se agir, ou mesmo se não agir. Se falar, ou se não falar. Você não pode sempre agradar a todos. Se seu foco está em encontrar falhas, seja em você mesmo ou nos outros, você não irá crescer. Reconheça isto e se alguém fizer um comentário, reflita sobre isso. Se houver alguma verdade, aceite-a. Se não, agradeça-os e siga em frente."
 Sri Sri Ravi Shankar

sexta-feira, 15 de junho de 2012

Líderes Pouco Conhecidos - Cosme de Farias


Cosme de Farias: Um advogado sem diploma, um major sem exército.

 

"Numa certa feita, em metade do século XX, estava na plateia durante o júri de um acusado de homicidio, crendo que este estava sofrendo injustiça, ele se levantou e começou a andar pelo Tribunal do Júri, cabisbaixo, como se tivesse perdido algo, quando foi questionado sobre o que estaria procurando e ele prontamente respondeu: “A Justiça, meu senhor, que nesta casa anda escondida”

O título de cara já surpreende. Como pode alguém ser advogado se não tem diploma, ou major se não está no exercito? Pois essa é a história de Cosme de Farias, advogado, jornalista, poeta e militante de causas políticas e sociais. Nasce em 02 de abril de 1875, em Salvador, mais precisamente em São Tomé de Paripe. Naquele tempo, era possível que um juiz credenciasse alguém que achasse capaz a advogar mesmo sem diploma . Sua história como advogado começa aos 19 anos, em outra história intrigante desse homem folclórico e heroico ao mesmo tempo.
 “Certo dia, o juiz Vicente Tourinho perguntou à platéia quem poderia defender um ladrão abandonado pelo advogado à beira do júri.Um rapazola mulato, traços grosseiros e cara de menino ergueu-se e respondeu: "Eu". O voluntário não conhecia o processo e nunca encontrara o réu - negro e pobre, acusado de roubo de 500 réis - mas não concordava em vê-lo sem dar a sua explicação sobre os fatos. Aceitou o desafio, passou os olhos nos autos e livrou Abel Nascimento da prisão argumentando que a falta de oportunidade na vida o conduzira ao crime”. Inventou ali mesmo uma história sobre o réu que fez todos ali presentes chorarem, e assim conseguiu que o acusado fosse absolvido por unanimidade.
Diz-se que defendeu mais de 30 mil processos em seus quase 100 anos de vida, “sempre na defesa, independentemente da infração e das condições financeiras do réu. Foi apontado como o campeão de habeas-corpus da Bahia, quiçá do país”.
Possuía apenas o primário, e mesmo assim teve carreira brilhante como jornalista, atuou com força na luta contra o analfabetismo e era profundo conhecedor da língua. Em uma das histórias sobre ele, diz-se que chegou a desbancar uma das grandes estrelas do direito no Brasil na época, Monteiro de Barros. “Trazido de São Paulo por exportadores para acusação do estivador José Heliotério por homicídio de um jovem rico, filho de empresário das docas, o bacharel começou o pronunciamento com uma conjugação errada do verbo supor, fato que passaria incólume se não estivesse na defesa do réu o velho Cosme. O baiano corrigiu em público o erro e ressaltou que o adversário não dominava a língua portuguesa nem para citar o livro de direito, enquanto ele, um rábula, era presidente da Liga Baiana contra o Analfabetismo. O historiador Cid Teixeira garante que, escabreado, Monteiro de Barros desistiu de falar.”
O título de Major, que podia ser comprado naquela época, foi adquirido por um grupo de amigos que o presenteou com o título. Homem digno, adotava a ideia de que ninguém nasce mau, mas que é a sociedade que corrompe o homem. Como jornalista, chegou a escrever para quase todos os jornais da cidade, e seus textos era sempre muito aguardados. Sempre lutando pelas causas sociais, lutava pela melhora das condições da cidade e da população também através de suas publicações.Para Cosme, o jornalismo servia como mecanismo de difusão de suas ideias e  de mobilização e conscientização da sociedade.
Foi sem duvida uma das figuras mais marcantes da Bahia no século XX. Hoje dá nome ao bairro Cosme de Farias, um dos bairros mais populosos, situado na região de Brotas.

“Na Bahia, quem rouba um tostão é ladrão. Quem rouba um milhão é barão".
Cosme de Farias

Fontes:
http://advivo.com.br/blog/luisnassif/o-advogado-cosme-de-farias
CELESTINO, Mônica. O jornalista Cosme de Farias e a imprensa como instrumento de mobilização em Salvador

quarta-feira, 13 de junho de 2012

Confusão

 
  Volto a escrever aqui depois de um bom tempo. E volto cheio de dúvidas na cabeça. Meu trabalho voluntário está sendo cada vez mais produtivo e tenho evoluído muito nele. Parece que hoje as pessoas já me veem de forma diferente até. Mas ironicamente, é exatamente nesse momento que as dúvidas sobre esse trabalho mais tem invadido minha mente. Fico me perguntando se esse é realmente o melhor serviço que posso fazer pra sociedade. Estou realmente muito confuso ultimamente. Sei que esse é o melhor caminho para o meu crescimento, ou pelo menos que é um ótimo caminho, mas não sei se é o melhor que posso dar pelas pessoas. Acho que está na hora de eu me afastar um pouco.
  Aliás minhas duvidas tem se estendido a muitas coisas, inclusive às coisas que pensava que não duvidaria nunca. Mas fico pensando que esse provavelmente é um passo importante pra que eu não fique eternamente seguindo certas ideias sem nunca questiona-las. Mas tambem não consigo não pensar que pode ser uma perda de tempo e que pode ser apenas minha mente me enganando.
  Ah, sei lá. Será que deu pra entender alguma coisa que falei aqui?
 
"No meio da confusão, encontre a simplicidade. A partir da discórdia, encontre a harmonia. No meio da dificuldade reside a oportunidade."
Albert Einstein